POR QUE ROBERTO CARLOS NÃO PRODUZ MAIS COMO NOS ÁUREOS TEMPOS?

 

Roberto Carlos ao violão nos anos 1960

Roberto Carlos é um fenômeno onipresente na cultura brasileira desde 1965, quando deixou de ser "mais um na multidão" e se tornou o maior pop-star que o Brasil já conheceu. Embora o artista tenha fãs em todas as faixas etárias, fato é que seu imenso público se compõe majoritariamente de pessoas que possuem, mais ou menos, de 38 anos em diante. Quer dizer, o público mais jovem que está atualmente na faixa dos 14 aos 30 anos de idade não ouviu o cantor em sua fase mais criativa. Os que conhecem a sua obra histórica são aqueles que herdaram, de alguma forma, a paixão de avós ou pais pelo artista ou chegaram a isso através de pesquisa. Para agravar ainda mais essa falta de feedback da juventude com o rei, o cantor caiu num abismo de improdutividade neste século XXI. Desde o falecimento de sua esposa, Maria Rita Simões Braga, em dezembro de 1999, Roberto Carlos produziu parcamente sendo que essa produção - embora como sempre caprichada e com alguns momentos de inspiração - caracterizou-se pela redundância no aspecto geral. Se na década de 1990, boa parte da crítica colocava os dedos nos ouvidos para os seus novos lançamentos numa fase já pouco criativa, mas ainda bastante produtiva, o que dizer destas duas décadas já passadas do novo milênio? 
O artista já não lança um álbum completo de inéditas há nada menos do que 16 anos, seu último grande hit já completou 9 anos de lançamento e seu último CD realmente interessante já soprou 25 velinhas. Para um artista da dimensão, da importância e da quantidade acumulada de hits na carreira - a maior do cancioneiro nacional - é desapontador constatar que Roberto feneceu artisticamente e já não é há pelo menos duas décadas e meia a máquina de fazer sucessos dos áureos tempos. De 1966 a 1997, ininterruptamente, as compras de Natal no Brasil e a expectativa para o ano vindouro eram acompanhadas pelo aguardado "novo elepê de Roberto Carlos" - não raro dado de presente entre amigos, casais, irmãos, primos e pais e filhos. Tanto que o jornalista Joatabê Medeiros em uma coletiva do artista em 2003, disse ao colega Larry Rother, do New York Times, que Roberto Carlos era tão parte do Natal quanto o peru no Dia de Ação de Graças para os americanos. Hoje muitos fãs sentem-se saudosos desse tempo nos quais pelo menos dois milhões de brasileiros afluíam às lojas de disco para comprar o novo lançamento do cantor.
Após o precoce falecimento de sua terceira mulher, Roberto ficou um ano ausente dos palcos, estúdios e holofotes, voltando à ativa em novembro de 2000 num show em Recife-PE. Cerca de um mês depois ele lançaria o primeiro dos únicos 3 álbuns de estúdio em português desses 21 anos (levo em consideração o mês que escrevo). É muita ausência para quem se acostumou a ouvir nas rádios de 3 a 5 de suas novas canções, em média, a cada fim de ano. O que aconteceu com o maior hit maker do país? Decadência, crise criativa, acomodação? Vamos tentar achar as possíveis respostas aqui.
1- PRODUTIVIDADE DIFERE DE CRIATIVIDADE
Há os que opinam que a fase mais criativa do cantor vigorou entre o fim da década de 1960 e a década seguinte, o que concordo relativamente. Não concordo absolutamente é que depois desse período ele não tenha feito mais nada de relevante. O crítico que quase tudo critica, Régis Tadeu, por exemplo, opina que a relevância musical de Roberto durou até o álbum de 1977, algo que considero muito aquém da realidade. O que dizer, por exemplo, de canções como "Lady Laura" (1978), "Costumes" (1979) ou "Amante à Moda Antiga" (1980)? Outros afirmam que a fase dourada do rei teria durado até 1982 ou 1984, enfim. Fato é que Roberto ainda produziu muito nos anos 1980; no entanto, em meados daquela década, o perfil de consumo, sobretudo, da juventude, foi transformando o mercado discográfico.
Nessa época, o seu 25º álbum de estúdio, que teve como destaque o cowntry "Caminhoneiro", atingiu a marca de 2 milhões e 400 mil cópias vendidas (o seu disco mais vendido na carreira). A expectativa de todos na então gravadora CBS era a de que o cantor atingisse à cifra de 3 milhões de discos vendidos ainda naquela década. Porém isso nunca aconteceu. Um dos possíveis motivos - se não o principal - foi justamente a migração do público jovem para as bandas e artistas solos ou do pop infanto-juvenil ou do pop-rock brasileiros. Até os anos 1970, RC conseguia cooptar boa parte desse público para o consumo de seus discos de final de ano. Contudo, a fixação numa fórmula de extremo sucesso a partir, sobretudo, do álbum de 1977 (2,2 milhões de cópias) passou a focar mais especificamente o público adulto, que amudurecera juntamente com o cantor. Dali em diante, RC pouco inovou ou se permitiu novas experiências. Os clássicos, as canções inesquecíveis foram rareando, principalmente na segunda metade da década de 1980. Nesta, é sintomático 4 fatos ocorrridos:
1) A dupla Maurício Duboc e Carlos Colla, que tinha uma simbiose muito positiva e compôs grandes canções para ele, como "Um Jeito Estúpido de Te Amar", "Passatempo" e principalmente "Falando Sério", desfez-se em 1987.
2) Mauro Motta e Eduardo Ribeiro também desfizeram a parceria em 1983. Embora não houvessem composto muitos hits populares para o cantor, abasteciam o seu repertório com canções "Lado B" de qualidade como "Voltei ao Passado" e "Eu Me Vi Tão Só".
3) Roberto se afastou de outros grandes compositores da música brasileira, isolando-se numa bolha produtiva de autores que melhor dialogavam com seus anseios musicais.
4) Ele, de certa forma, também renegou* a aproximação com jovens compositores como Lulu Santos, quem em parceria com Nelson Motta, compôs para ele em 1984 a balada "Certas Coisas" (depois gravada com sucesso pelo próprio Lulu).
Roberto pode, com certa justiça, ser acusado de ter perdido o prumo da criatividade, à certa altura dos anos 1980, mas não exatamente de ter deixado de produzir. Recordo que este autor ficou meio desapontado com seus dois últimos lançamentos daquela década. Tinha então entre 15 e 16 anos quando os álbuns que tinham como carro chefe as baladas de desamor "Se Diverte e Já Não Pensa em Mim" e "O Tolo" foram lançadas. Nada contra as faixas citadas, especialmente a segunda, um dos melhores casamentos entre letra e melodia já compostos por Roberto e Erasmo. Entretanto, eu não gostei da opção do arranjo de bolero para "Se Você Disser Que Não Me Ama", de 1988, e "Se Você Me Esqueceu" e "Pássaro Ferido", de 1989. Também nada contra o ritmo cubano, mas entendi que Roberto envelhecia seu repertório e se afastava cada vez mais dos mais jovens.Esperava dele a mesma tentativa de rejuvenescimento contida no funk melody "Tô Chutando Lata" e na levada meio hard-rock de "O Careta"*, ambas de 1987. Aliás, eu gosto muito desse álbum e não concordo com a má disposição da crítica - inclusive do biógrafo não autorizado do cantor, Paulo Cesar de Araújo - para com o mesmo. Lembro que com o disco já lançado, um colega da escola, adolescente como eu, então, vivia cantarolando, em pleno domínio do BRock, as duas faixas citadas. Era uma prova de que arriscar um pouco pelo menos nos arranjos daria algum retorno junto à juvenrtude.  
2- A MORBIDEZ E SUPERFLUIDADE DO MERCADO BRASILEIRO A PARTIR DOS ANOS 1990
Os primeiros anos sob a vigência da nova Constituição brasileira não foram nenhum pouco venturosos para a economia brasileira. Sarney deixando o poder e uma dívida anual de três dígitos para Collor, Collor confiscando poupanças e rendimentos com um malfadado plano econômico, um pouco mais tarde, impeachment do "Caçador de Marajás". O mercado discográfico brasileiro acusou o golpe. Selos nacionais viraram pó, as multinacionais passaram a investir no líquido e certo, mas intensamente descartável. Por outro lado, a cultura popular escoada sobretudo pelo Axé Music e a migração do polo musical do eixo Rio-São Paulo para Salvador, interior do Brasil e subúrbio reconfiguraram o panorama da música brasileira. A abertura agora amparada legalmente pela "Constituição Cidadã" abriu as fronteiras para o fútil e o banal. Se na década anterior, era a juventude que não se identificava com o romantismo de Roberto Carlos, agora era um mercado quase inteiro, no máximo, receptivo para o romantismo das duplas sertanejas. 
Isso coincidiu naturalmente com uma certa crise criativa de Roberto Carlos e uma supervalorização de seu drama pessoal cristalizado na separação de Myrian Rios. Seu público fiel e cativo, no entanto, foi quem lhe serviu os ouvidos, sempre seduzido por seu magnetismo e carisma. Superada as dores de seu desamor, Roberto redescobriu a inspiração em Maria Rita. Ela foi a musa de 1,55 de altura que o inspirou a compor com Erasmo a salsa "Mulher Pequena". O sucesso lhe revelou a fórmula mais descontraída para se inserir naquele mercado, no qual o mórbido era a bola da vez. Daí os tipos femininos desprezados pelos padrões de beleza foram decantados em série pelo rei: depois das baixinhas, vieram as gordinhas, depois destas vieram as míopes e astigmatas e finalmente as quarentonas. Talvez viessem outras, mas aí um câncer raro no peritônio abreviou, infelizmente, a vida da doce Maria Rita. Roberto Carlos caiu num torpor, como decalrou na época a sua amiga Hebe Camargo. Pessoalmente foi o pior infausto de sua vida. O artista Roberto Carlos foi atingido em cheio por esse drama pessoal. A autoflagelação se fez ouvir no dogmatismo de só cantar o amor bem sucedido, inspirado em seu amor pela falecida esposa. Fez coisas bonitas sim, mas se estereotipou tornando-se previsível e repetitivo. Todos os álbuns completos ou não, de estúdio ou gravados ao vivo foram dedicados à Maria Rita. Compreensível para um romântico como Roberto Carlos, mas pra este autor bastante prejudicial à construção de sua imagem perante as novas gerações.
3- UMA MINGUADA PRODUÇÃO NO SÉCULO XXI E O AFASTAMENTO DA PARCERIA COM ERASMO CARLOS
Antes de perder Maria Rita, RC produziu bastante nos anos 1990, como já dito aqui. Na verdade, ele até manteve a média de 5 canções compostas com Erasmo Carlos para cada novo álbum. A sinergia dos amigos de fé e irmãos camaradas seguia a todo vapor, ainda que as ideias e temáticas houvessem rumado ao popularesco. Inclusive o álbum de 1996 apresenta o recorde de composições de Roberto, sozinho, ou em parceria com o Tremendão. Das 10 faixas, foram 7 composições inéditas com Erasmo. Se levarmos em consideração a regravação de "Como é Grande o Meu Amor Por Você" e a adaptação da letra original de "O Homem Bom", feitas só por Roberto, são 9 faixas autorais, um feito não registrado nem no auge criativo do cantor nas décadas de 60 e 70!
A crise produtiva do cantor iniciou-se justamente durante a gravação do álbum de 1998, o imediatamente seguinte, em português, ao de 1996, já que o de 1997, "Canciones Que Amo", tinha um repertório básico em espanhol. O álbum que trazia o samba-canção "Vê Se Volta Pra Mim" - uma tentativa de acompanhar a tendência do mercado do momento, no qual proliferavam grupos e artistas-solo de pagode -, o forró "O Baile da Fazenda", com participação de Dominguinhos no acordeom e a ode amorosa "Eu Te Amo tanto", inteiramente dedicada à sua mulher, no momento em que seu estado de saúde se agravou, não pôde ser concluído. O cantor abandonou as sessões de estúdio para estar junto à sua amada. O disco saiu mutilado, o mais prejudicado até hoje por causa de sua vida pessoal. Trazia ainda a canção-mensagem "Meu Menino Jesus", que com as outras aqui citadas eram as únicas 4 inéditas lançadas no álbum. Para completar o repertório, a Sony incluiu neste 6 clássicos gravados ao vivo durante um show. Mais do que híbrido, este CD é uma anomalia na discografia do cantor.
Com o seu forçado descanso sabático em 1999, sem CD novo e sem especial na TV, a Sony lançou um CD duplo com dois volumes, a coletânea "30 Grandes Sucessos". No primeiro, havia uma faixa que não era e não foi sucesso, o cowntry religioso "Todas as Nossas Senhoras".No ano seguinte, com sua volta à ativa, veio o álbum "Amor Sem Limite'. Das suas 10 faixas, 7 eram inéditas e apenas uma destas, "Tu És a Verdade, Jesus", foi composta em parceria com Erasmo Carlos. O cantor justificou a ausência do parceiro pelo momento de maior intimismo pessoal. O mesmo se daria no álbum "Pra Sempre", de 2003, com a diferença que das 7 faixas autorais, duas eram assinadas também por Erasmo: o rock blueseiro "O Cadillac" e o rap existencialista "Seres Humanos". Em 2005, RC lançou seu último álbum completo até aqui, em português. Efetivamente só havia uma canção inédita, a guarânia "Arrasta Uma Cadeira", gravada em duo com Chitãozinho & Xororó. Com a exceção da inclusão de "A Volta", antigo sucesso da Jovem Guarda entregue aos Vips, em 1966 e a regravação da guarânia "Índia", nada havia de destacável naquele disco com timbre meio cowntry. "Promessa", composição da dupla Roberto e Erasmo entregue a Wandelrey Cardoso no mesmo ano acima, ficou sofrível numa interpretação mais anasalada que o normal de seu autor. "Coração Sertanejo", do irmãos Neon e Nelma Moraes, consagrada por Chitãozinho & Xororó, ficou irreconhecível e a clássica "Loving You", gravada por Elvis Presley, sofreu com o inglês "cais do porto" de RC, como ele mesmo define.
A ausência de Erasmo Carlos também se justifica pelas limitações naturais da idade de ambos. Em 2011, a dupla (Roberto em abril e Erasmo em junho) atingiu os 70 anos. No período de intensa fertilidade criativa, mesmo com Roberto morando na mansão do Morumbi, em São Paulo, e Erasmo já tendo retornado ao Rio, bastava que o primeiro ligasse para que o outro fosse ao seu encontro para noitadas e madrugadas a dentro burilando composições. Desde 1980, quando Roberto foi morar na Urca, tranquilo e pitoresco bairro do Rio, ficou a cerca de 23 Km e 800 metros do amigo (33 minutos de carro), que reside na Barra da Tijuca. Mas parece que mesmo a curta distância que separa a dupla de maior êxito da música brasileira não manteve a simbiose nas décadas de 2000 e 2010. Em, 2012, Roberto Carlos voltou ao topo com "Esse Cara Sou Eu", depois de pelo menos 28 anos sendo consumido somente por seu público. No entanto, o raro momento de inspiração (e transpiração) veio sem a companhia do parceiro.Eram outros tempos.
4- A SOBREVIVÊNCIA EM SINGLES
No auge de seu processo criativo, RC se deu ao luxo de esnobar as trilhas de novela da Globo. Enquanto quase todo artista, dos mais sofisticados ao mais populares, desejavam ter uma música inclusa numa trilha de novela, o rei rejeitava toda investida de produtores de trilha à sua obra. Somente em 1990, o cantor permitiu suas gravações em trilhas novelescas e logo duas de cara. A partir de 2002, com "Seres Humanos", o cantor passou a sobreviver basicamente de singles. Embora o seu novo e único lançamento inédito tenha sido incluído num CD de 14 faixas, 11 de clássicos gravados ao vivo durante um show no Aterro do Flamengo mais dois remixes, fato é que o próprio repertório do álbum já demonstrava um esgotamento produtivo. Isso seu deu novamente com "Arrasta Uma Cadeira", em 2005, a única novidade de fato naquele CD, como dito acima. 2006, 2007 e 2008 foram anos cuja expectativa dos fãs por um novo single ou álbum foi vã. Finalmente em 2009, veio o single "A Mulher Que Eu Amo" - pra variar, composta só por Roberto e que mais um vez tentou pegar carona na novela das 9, Viver a Vida. Roberto Carlos parecia sobreviver somente de sua obra histórica até que ele voltou a acertar a mão com "Esse Cara Sou Eu".
Contudo, nem o estrondoso sucesso da canção o impulsionou a lançar o tão aguardado álbum completo de inéditas. O mercado já não comportava isso, pois a música mundial passara a depender das plataformas digitais, o que implodiu o mercado físico de CDs e DVDs. Lançadas separadamente em singles, em 2017, "Sereia" e "Chegaste" - esta gravada em duo com Jennifer Lopez - foram reunidas a "Vou Chegar Mais Cedo em Casa" e a nova roupagem de "Sua Estupidez", num novo EP lançado no final do ano. Era uma tentativa de repetir o feito de 2012. Não deu tão certo assim. Mas enquanto o público nativo do cantor sonhava com a reedição do "novo disco de Roberto Carlos", ele privilegiou o seu público hispânico com o lançamento do álbum "Amor Sin Limite", no qual novos singles lançados ao longo de 2018 foram incluídos: a flaminca "Que Yo Te Vea", bastante interessante, a quase rumba "Esa Mujer", gravada com Alejandro Sanz e a balada "Regreso", muito bonita parecendo ressuscitar o velho Roberto Carlos dos tempos antigos. O último e mais recente lançamento do rei é mais um single em duo com a cantora paraense Liah Soares, a balada "A Cor do Amor". Apesar de 2.748.798 visualizações no canal oficial do canor no You Tube e 59 mil curtidas até a data em que escrevo, a canção composta por Liah e Iana Marinho sequer ocupou o Top 50 da Pró-Música Brasil, no mês de janeiro deste ano. Realmente não é tão chamativa quanto "Chegaste", que em 2017 ocupou o 14º lugar do Top 20.
Mas, enfim, creio que o único artista que conspira contra Roberto Carlos e o eclipsa é o próprio Roberto Carlos. Isso ficou provado em 2012, quando deixou todos os demais 9 artistas do Top 10 (a maioria jovens e novidades do momento) comendo poeira. Bastaria apenas o rei retomar um pouco da sua antiga rotina produtiva, gravar novos compositores e lançar enfim um novo álbum em português. Seu enorme público o sustentaria. Mas quem sabe as preocupações do Roberto octagenário sejam outras: o empresário que constrói apartamentos de luxo ou sua perpetuação no trono do mercado latinoamericano. O brasileiro dificilmente lhe será tirado, mesmo que tenha produzido tão pouco em 25 anos. Em tão longo tempo, qualquer outro artista desapareceria da memória do público. Mas Roberto Carlos é rei e sua coroa, pela dinâmica volátil do mercado da atualidade, muito provavelmente não será colocada em outra cabeça, mesmo quando Vossa Majestade partir.
*Renegou não na acepção de desprezo, mas de falta empatia temática com as composições a ele oferecidas
*"O Careta" infelizmente foi banida do repertório de RC, em 2004, quando relançada numa caixa-box de CDs lançados originalmente em vinil na década de 1980. Por terem perdido em última instância uma ação ajuizada pelo maestro Sebastião Braga - o qual acusava a dulpla de copiarem 10 compassos de sua "Locuras de Amor", Roberto Carlos seria obrigado a acrescentar o nome de Sebastião como coautor nos relançamentos do CD de 1987 e publicar o mesmo em jornal de grande circulação. O cantor preferiu extingui-la da sua obra 
Fontes de pesquisa
Livros
Roberto Carlos em Detalhes, Paulo Cesar de Araújo, Editora Planeta, 2006
Por Isso Essa Voz Tamanha, Jotabê Medeiros, Editora Todavia, 2021
O Réu e o Rei, Paulo Cesar de Araújo, Editora Companhia das Letras, 2014
Roberto Carlos Outra Vez, Paulo Cesar de Araújo, Editora Record, 2021
Sites e meios digitais
 
   
    
      

  
 
               

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